sábado, 25 de março de 2017

Venham Descobrir O Reino da Tailândia Parte II - Ilhas

Os dias intensos em Bangkok resultam numa pequena maravilha: ansiamos (ainda mais) por um pouco de descanso nas praias paradisíacas que a província de Krabi nos promete. Acho que morri e ressuscitei várias vezes durante esses dias, turista sofre!!


Krabi é uma província situada na costa do mar Andaman, no sudeste da Tailândia. A sua principal cidade também se chama Krabi mas nós fomos para Ao Nang, que é o pedaço de praia mais famoso da zona. Adorei o mar de Ao Nang, super índico! Ficámos num pequeno resort amoroso, o Phu Beach HotelAo Nang está super preparada para receber turistas, repleta de pequenas banquinhas para fechar os tours pelas ilhas e com um orla de restaurantes, bares e cafés que é digna. E há um pormenor óptimo: respira-se tranquilidade. 







É incrível sair da louca Bangkok e chegar a um lugar calmo, paradisíaco, quase em bruto, uma verdadeira beleza natural! Pequenas estradas rodeadas de vegetação densa e vasta, poucos carros, inúmeros amorosos tuk-tuks! Sendo claramente uma zona pouco desenvolvida, a sua beleza natural supera largamente o sub-desenvolvimento.

Krabi tem inúmeras grutas e quedas d'água, como a mítica Emerald Pool e os Hot Springs, e é considerado um dos melhores destinos do mundo para escaladas, o que, no entanto é zero o nosso estilo (ups), portanto, o que nos atraiu para esta região foi o incrível arquipélago com mais de 130 ilhas. Ilhas de areia branca, com águas cristalinas de mil azuis e muitos corais. Krabi inclui ainda o famoso Tiger Temple (Wat Tham Suea) que é brutal e não tem tigres e para chegar lá tem de se enfrentar quilómetros de estrada e mais de mil degraus, um verdadeiro desafio!

O nosso primeiro dia consistiu, uma vez mais, em explorar as redondezas. Apesar do tempo a ameaçar chuva, corremos para a praia e fomos à descoberta! Começámos, e bem, por uma longa caminhada pela praia, que nos levou a um trilho super pitoresco que atravessava uma encosta e desembocou numa praia privada de bradar aos céus. Quase deserta, esta praia de areia branca com águas límpidas e cristalinas  é a imagem típica do paraíso que imaginamos quando pensamos na Tailândia.








O jantar desse primeiro dia foi marcado por uma viagem no mínimo insólita. Resolvemos seguir a sugestão de uma amigo próximo, o C., que tinha estado em Ao Nang pouco tempo antes e fomos ao restaurante Hilltop, um restaurante com comida típica tailandesa, como deve ser! Apanhámos um tuk-tuk que nos levou até ao sopé de uma colina e aí nos deixou com a promessa de que viria alguém buscar-nos para fazer o resto do caminho até ao restaurante (WTF??). Depois de dez minutos a criar raízes numa rua deserta num lugar desconhecido, lá apareceu o tuk-tuk do restaurante que nos levou colina acima pelo meio das favelas lá do sitio, connosco quase a voar do tuk-tuk para fora, tal a segurança da condução (sim, era um tuk-tuk, GOD!!!!!!!!). Admito, foi hilariante! E depois da descarga de adrenalina, os noodles e as gambas tempura ainda nos souberam melhor! Recomendo!!






As Ilhas Phi Phi são um dos destinos de eleição para quem visita a Tailândia e foi esse o nosso destino no segundo dia. Areia branca, água cristalina a temperaturas que convidam a lá permanecer indefinidamente, fauna e flora extraordinárias, típicos long boats super giros e pitorescos ancorados ao longo da praia, são algumas das razões que justificam a fama destas ilhas a nível mundial. É indescritível a surpresa quase constante que a paisagem nos fornece ao longo da trajectória de barco pelas várias ilhas, uma beleza de cortar a respiração. Sabem a sensação de nos sentirmos pequeninos e insignificantes? É essa que se tem aquando a descoberta de cada pequena grande maravilha neste lugar!







O trajecto pelas Phi Phi incluiu ainda a Monkey Island que é uma micro ilha amorosa repleta de macaquinhos e não fogem (muito) das pessoas.





Mas há um pormenor que estraga (mesmo) tudo: a quantidade absurda de turistas. Tropeça-se literalmente em pessoas, o que descaracteriza totalmente não só que aquelas ilhas são, mas também a nossa ideia sobre elas. Então Maya Bay, famosa pelo filme “A Praia”, com o Leonardo DiCaprio, que é hoje em dia um local “must-see” por milhares de turistas de todo o mundo, é demais! Esqueçam a ideia de uma praia deserta e tranquila que o filme transmitiu, não vai acontecer.

Terceiro dia! A estilosa Railay Beach é uma praia incrível,linda, perfeita para quem gosta um ambiente mais descontraído e tranquilo e para quem prefere que a natureza fale mais alto que o Homem!  Rodeada de altos paredões rochosos,apenas acessível por via marítima (o que lhe dá um imenso charme) e repleta de densa vegetação, Railay Beach é imperdível e ,sem dúvida, uma escolha que deve ser repetida (se possível) durante a estadia. Nós apanhámos um Long Boat em Ao Nang até esta praia e a viagem foi giríssima, pois permitiu-nos observar a paisagem, ir apanhando sol e ainda experimentar estes barcos tão típicos da região. Claro que não podíamos perder uma coisa destas!

No nosso quarto dia, o último antes da partida, fizemos a Hong Island Tour e posso dizer que vale mesmo a pena, apesar de este não ser um trajecto tão conhecido. Tal como nas Phi Phi, é possível fazer snorkling em vários sítios e não imaginam a quantidade e diversidade de peixes! E eles não fogem de nós, são cardumes e cardumes de peixes grandes e pequenos super coloridos que nadam à nossa volta sem medo! A Lagoa Hong é linda de morrer, apesar de não ser muito boa para mergulhar por haver muitas pedras, e a praia de Hong Island também é incrível, de babar de tão boa que é, e é uma unidade de preservação e não tem moradores, assim como Maya Bay nas malfadadas Phi Phi, mas, ao contrário desta, tem poucos turista e é muito mais tranquila, óptima para passar um bom bocado, relaxar, aproveitar o sol, o mar e a magnífica paisagem.Em (relativo) silêncio, obrigada.

Nessa noite fomos jantar a um lugar chamado Jungle Kitchen, referência em Ao Nang. Este é um típico warung que não podem realmente perder. Admito que inicialmente possa assustar os mais susceptíveis  (como eu). É ao ar livre, compartimentado por meio de redes e arbustos, cada mesa tem a sua própria ventoinha (sim, ventoinha, leram bem) e é iluminada pela luz da cozinha lá de casa, já para não falar da toalhinha de oleado! Mas a comida é óptima e o preço é a condizer, a cozinha é visível, dando por isso para ver que é tudo limpo e asseado, e o pessoal é simpatiquíssimo.






Posto isto, não percam a Tailândia! É uma viagem que realmente vale a pena e está ainda tudo muito em bruto, pouco desenvolvido, por isso aproveitem para lá ir e descobrir toda a sua beleza natural antes que aquilo esteja tudo feito para o turista, uma tristeza que já assola tantos destinos. 

O que custa é mesmo só a viagem. O custo de vida é baixíssimo por isso arranjam-se óptimos hotéis a bons preços e mesmo a alimentação fica super barata! Tem cultura e história milenar, sol, mar, praias paradisíacas, óptima comida e smothies maravilhosos! Sim , é preciso falar nos smothies! Em qualquer fim de mundo naquele país há smothies de beber e chorar por mais! Vários sabores, várias combinações, todos óptimos! Nós fomos todos os finais de tarde parar a um bar chamado The Last Fisherman em Ao Nang para beber um Berry Lovers Smothie, ver um maravilhoso por do sol ao som de uma boa música.











Uma última pequena nota: a comunicação. Senhores, como é difícil comunicar com aquela gente!! O inglês deles é absolutamente indecifrável e linguagem gestual também não é o forte do tailandês. Definitivamente. 

Espero que já estejam a programar a vossa viagem!


J.


2 comentários:

  1. Pela belíssima descrição que aqui fez, iria já amanhã. De facto, devem ser locais maravilhosos. E a comida. Que tal? Picante quanto baste? Parabéns pelo post.

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  2. Obrigada!! Sim, alguma é muito picante mas depois de algum treino consegue-se encontrar um intermedio. Aconselhamos vivamente a viagem! Obrigada <3

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